Advindo da historia cultural, a literatura aproxima-se da historia pelos novos métodos e objetos que terão em comum. Mas como analisar uma obra literária, muitas vezes fictícia, como sendo uma fonte histórica e como não cair na mesma armadilha e tornar o fazer histórico uma ficção? Essas perguntas rodeiam o historiador que se aventura a promover a contextualidade entre historia e literatura.
Ao ler o livro de Gabriel Garcia Márquez, Cem anos de solidão, obra que ganhou premio Nobel de literatura, pude notar os problemas recorrentes que os historiadores que utilizam fontes literárias enfrentam, pois a ficção da obra fica tão próxima do real, que as vezes parece-nos que estaríamos lendo de fato um livro de história e com esta obra em questão não é diferente, Garcia traz uma perfeição de analogias sobre eventos que ocorreram de fato na América Latina e através de sua cidade e personagens fictícios, revela detalhes que instiga o historiador ou leitor a pesquisar se há veracidade no que está escrito, dai retomo as duas perguntas que lancei no inicio, será que podemos analisar uma obra literária como fonte histórica ou não tomando os devidos cuidados com as fontes que usamos, acabar tornando a historia também uma ficção?
Então, retirando aspectos relevantes do livro de Gabriel Garcia e problematizando-os segundo estas interrogações já citadas, tentarei responder sobre as vantagens e desvantagens de se utilizar a literatura na história.