REFLEXÕES SOBRE USOS DE JORNAIS EM SALA DE AULA: UMA FORMA DE APROXIMAÇÃO ENTRE ENSINO E PESQUISA.

MANUELLE ARAÚJO DA SILVA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

O presente trabalho entende as possibilidades de abordagem de jornais em sala de aula como uma forma e/ou uma estratégia de aproximação entre ensino e pesquisa, de modo a não dissociá-los. Assim, ainda que de maneira introdutória, pode-se delimitar como objeto de pesquisa o ensino de História e o uso da pesquisa nele. Em relação aos procedimentos metodológicos, pode-se dividir em dois os passos deste trabalho. Primeiramente, integrando o conjunto de fontes aqui utilizadas, foi buscado investigar, nos PCN's (Parâmetros Curriculares Nacionais) do terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental, que se baseiam nos princípios definidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, como o uso dessa fonte historiográfica é sugerido por eles, em suas orientações relativas ao ensino de História. Após a interpretação do documento referido, há a segunda sessão do trabalho, mais ligada à empiria, onde o objetivo é analisar como estão sendo feitas as apropriações de jornais em exercícios propostos em livros didáticos do Ensino Fundamental II, atendo-se, principalmente, ao modo de abordagem empregada. Foram selecionadas duas coleções de livros didáticos, amplamente adotadas nas escolas públicas e privadas de Fortaleza. São eles: "História, Sociedade e Cidadania", de Alfredo Boulos Júnior e "História em Documento", de Joelza Ester Rodrigues. Assim, almeja-se a articulação entre esses dois procedimentos metodológicos explicitados. Atenta-se para esta temática por conta dos benefícios potencialmente advindos da utilização de periódicos em âmbito escolar, tendo em vista a relação intrínseca entre ensinar História e preocupar-se em fazer explicações sobre os métodos de trabalho do historiador, buscando suscitar, ao aluno, o desenvolvimento da criticidade e o contato com percepções, como: entendimento dos jornais na lógica de produto cultural, construído a partir de seleções e renúncias, que não devem ser naturalizadas, e noções de sua historicidade, ao esclarecer as especificidades de abordagem para cada fonte.