TECNOLOGIA DE guerra: fortaleza e A chegada da base militar norte-americana (1943-1945).
Autor: Reverson Nascimento Paula[1]
Coautor: Gisafran Nazareno Mota Jucá[2]
O presente trabalho pretende analisar as transformações ocorridas no cotidiano de Fortaleza a partir da instalação da base militar norte-americana no período de 1943 a 1945, percebendo assim, as modificações nos hábitos e costumes dos cidadãos fortalezenses, tendo como linha de pensamento a instalação física e simbólica de uma hegemonia cultural a qual se deu no período da Segunda Guerra Mundial. Analisaremos as influencias trazida pelos norte-americanos que para aqui vieram com a instalação da base militar, e acabaram transformando toda uma época, através da convivência com os citadinos. Fatos estes que podem ser percebidos na assimilação da língua inglesa por parte da população, no vestuário e nas práticas alimentares trazidas com American way of life. A partir das reflexões feitas por Elias pretendemos compreender o "processo civilizador" existente na cidade. Através do desenvolvimento dos ideais de "modernidade" buscaremos perceber a emergência de uma "sociedade de consumo" e assim fazermos uma ligação entre a chegada da base militar e a vinda de objetos técnico-científicos, aumentando assim o consumo material de objetos domésticos, pois um dos aspectos mais notórios da guerra foi à submissão da própria guerra à tecnologia. Buscaremos perceber certa transição, repleta de paradoxos, de um cotidiano pautado nos moldes franceses, para um calcado no desenvolvimento técnico, no consumo e na aceleração norte-americana. Aceleração que pode ser percebida através da chegada de objetos domésticos que visam à diminuição do tempo gasto em certas tarefas diárias, alterando assim, inclusive a maneira de realizar alguns "afazeres" cotidianos, como mostra Antônio Luiz Macêdo. Para realizar essas análises, pretende-se utilizar como fonte principal jornais da época como: O Nordeste (1940-1947), O Povo (1939-1947) e o Correio do Ceará (1951-1952). Como complemento, usaremos entrevistas e livros de memorialistas como Blanchard Girão e Marciano Lopes. Confrontaremos os discursos dos periódicos com os documentos citados e a utilização da história oral a fim de entender como a prática se dava no cotidiano da cidade e, a partir daí, analisá-la partindo de nossas reflexões teóricas.
Palavras - chave: Civilização-Cotidiano-Tecnologia
[1] Universidade Estadual do Ceará - UECE
[2] Universidade Estadual do Ceará - UECE