Este trabalho aborda as práticas de contar de histórias dentro do ambiente escolar, tendo como foco o papel do professor na formação leitora da criança pequena. De acordo com Cademartori (2012), o Brasil não pode ser considerado um país de leitores. Muitos professores não tiveram acesso a condições adequadas para se desenvolverem como leitores, o que impacta em seu papel formador e promotor da leitura. A investigação buscou identificar a interação contador/ouvinte durante o momento literário, bem como observar a frequência e os objetivos da contação de história para crianças pequenas, (maternal III, 3 anos de idade). Também guiou-se para compreender como esta prática pode colaborar na promoção do gosto pela leitura. Para subsidiar as discussões sobre esta temática, utiliza-se como material teórico as contribuições de Nelly Novaes Coelho (2000), Fanny Abramovich (1997), Joseane Maia (2007), dentre outros. Ressalta-se que as contribuições de Nelly Novaes Coelho são frequentes no estudo, por ser uma autora que aborda a temática da literatura infantil de forma ampla. A investigação constituiu-se em uma pesquisa de campo, com procedimentos metodológicos de natureza qualitativa e valeu-se de observação não participante e entrevista. O estudo foi estruturado em três partes. A primeira apresenta um breve relato sobre o cenário da educação básica, observando a interação educador/aluno. Na etapa posterior discute-se o papel do professor como mediador na formação do pequeno leitor e as estratégias utilizadas pelos educadores para a promoção do gosto pela leitura em crianças pequenas. Na terceira parte são apresentados os resultados e discussões dos dados. Através desta pesquisa, conclui-se sobre a importância da interação do educador no momento da roda de história. Através das estratégias de contação usadas pelo educador infantil, observou-se uma melhor compreensão da narrativa pelas crianças, expressa em seus comentários. Além disso, ao longo da sessão de contação de histórias observou-se o encantamento dos ouvintes que, posteriormente, manifestavam interesse pelo livro, dirigindo-se ao seu manuseio e reconto da historia. Reafirmou-se o papel mediador do professor para despertar nas crianças o gosto pela leitura.