Na realidade fortalezense as escolas públicas não oferecem práticas musicais coletivas na sua grade curricular, fazendo do Canto Coral um espaço informal de educação humana e musical através da vivencia estética proporcionada pelo canto coletivo, inclusive para pessoas com problemas de afinação. O artigo visa identificar as práticas educativas musicais e humanas desenvolvidas pelo regente educador dentro da prática coral. Utilizou-se de pesquisa bibliográfica para fundamentação teórica em Moraes (1993, 2007), Zander (2008), Mathias (1986), Matos (2008), Garretson (1998), Amato (2007), Figueiredo (1999,2006), Kerr (2006), Sobreira (2002,2003), Bellochio (2008) e Forcussi (1985). Com interesse no estudo do processo de preparação vocal e musical desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa focada em um estudo de caso no Coral da ADUFC, que detém as características relevantes para a atual pesquisa. Identificaram-se práticas de formação humana que acontecem em paralelo a práticas de formação musical, perpassando momentos de preparação vocal e corporal com utilização de instrumento harmônico (violão e teclado), ensino de Música vinculado à memorização de um repertório selecionado a partir de uma proposta didática, e práticas metodológicas visando a superação de problemas de afinação. Foi observado que o momento do ensaio, assim como as performances do coral estudado, foram utilizados como ambiente de ensino musical e exercício de valores humanos por meio de intensa interação pessoal.