A capacidade de sentir prazer, a muitos parece uma peculiaridade da espécie humana, de fato, nosso corpo encontra-se envolta de zonas erógenas, mas não somos os únicos dentre os animais a sentir prazer. A busca pelo prazer é conhecida desde o primeiro estágio psicossexual, a oral, seguida pelas fases anal, fálica e genital. São diversas as formas de sentir prazer, porém nem todos conhecem seus locais potencializadores. Neste contexto, na abordagem de educação não formal proposta pelo subprojeto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) em desenvolvimento no curso de licenciatura em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação de Itapipoca (FACEDI), propôs-se a averiguar se os estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Anastácio Alves Braga conhecem a partir do seu corpo, quais locais no corpo masculino e feminino pode-se sentir prazer. Os bolsistas de iniciação à docência realizaram uma ação abordando o tema prazer, que gerou esta produção que objetiva relatar a experiência vivenciada durante tal abordagem, e refletir sobre as impressões resultantes da ação. A metodologia utilizada no processo de escrita desta pesquisa foi a de relato de experiência, que possibilita além de tornar legíveis diversas vivências, às possibilitam ser divulgadas. A ação do tema PRAZER foi realizada no intervalo da tarde do dia 17/09/2015, com a utilização de folhas impressas com o esboço do corpo humano (masculino e feminino) com visão frontal e dorsal, havendo em ambas, pontos onde os estudantes iriam expressar se aquele era um ponto de prazer excitatório sexual, representado pela cor vermelha; ou um ponto de prazer relaxante, representado pela cor azul. A realização da ação contou com a participação de muitos estudantes, muitos destes se direcionando ao local de realização, desde o início do intervalo. As primeiras impressões mostraram que o fator curiosidade contribuiu para aproximar membros da comunidade escolar ao local onde estava sendo realizada a ação. Foi unanime dentre os participantes, a primeira opção de escolha para apontar as zonas erógenas, serem dos esboços do sexo oposto. A interpretação que fizemos, foi de que a curiosidade por conhecer as peculiaridades do sexo oposto e o seu gerar/sentir prazer, direcionaram a fazer tal escolha. Pareceu ter sido distinguido e compreendido pelos estudantes, a diferença entre as duas formas de prazer apresentadas, principalmente considerando a grande quantidade de acertos e os confrontando com os erros. Um questionamento surgido por parte dos meninos foi quanto ao prazer masculino na região glútea/anal, o que em suas falas, puderam ser relacionadas com uma forma de preconceito, relacionando o prazer naquela região a atos homossexuais. Como resposta ao questionamento, citamos como exemplo a fase anal do desenvolvimento psicossexual, na qual o ânus é uma região de prazer das crianças nesta fase. Em suma, consideramos a experiência como contribuinte para a formação inicial docente, e que na busca pela concretização efetiva do processo ensino-aprendizagem e formação social, maior tempo deveria ser dedicado a abordagens de temas conflituosos como prazer.