A avaliação configura-se como um processo constante nos mais diversos âmbitos sociais, tornando-se um recurso extremamente utilizado na análise, mensuração e classificação da atividade humana. Considerando-a na conjuntura educacional, observa-se que a mesma pode ser declarada como uma atividade inerente ao processo educacional, auxiliando de forma excepcional o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando reflexões acerca da prática pedagógica e de diversos outros parâmetros indispensáveis a disseminação de uma educação de qualidade. Todavia, possivelmente em virtude das concepções e história em que se encontra vinculada, como pressupõe a professora Jussara Gabriel Santos (2008), a avaliação da aprendizagem, tanto conceitualmente como praticamente, é confundida e difundida com o ato de examinar e testar, uma vez que seu significado tem sido pautado pela lógica da mensuração, associando-se a avaliação com a ação de medir conhecimentos adquiridos pelos alunos e não como um processo contínuo, ligado à formação dos educandos, capaz de reestruturar conhecimentos sedimentados, reafirmando as proposições de Luckesi (2002), segundo o qual "[...] a escola brasileira opera com a verificação e não com a avaliação da aprendizagem". Assim sendo, o presente trabalho objetiva, através da pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e descritivo, fundamentado nos estudos e pesquisas de autores renomados na respectiva linha de estudo, como Luckesi, Hoffmann e Sant'Anna, apresentar e instigar reflexões acerca da importância da proliferação de práticas essencialmente avaliativas no contexto educacional, promovendo a sua desconexão do simplório processo classificatório em que se encontra ensejada, contribuindo assim para a prática de uma avaliação da aprendizagem pontual, diagnóstica, inclusiva, democrática e dialógica, tornando-se um meio capaz de verificar e subsidiar efetivamente todos os envolvidos no processo de aperfeiçoamento do ensino.