Partindo da hipótese de que é possível ensinar filosofia através de atividades alternativas às tradicionais aulas expositivas, o presente trabalho pretende apresentar uma alternativa lúdica para o ensino de filosofia na Educação Básica: o uso do RPG (Role-Playing Game) como ferramenta didático-pedagógica na sala de aula. Considerando o padrão estrutural dos jogos de RPG, cujo principal aspecto é a aventura, elaboramos um universo filosófico no qual os alunos-jogadores vivenciam desafios relacionados à História da Filosofia, tais como enigmas e batalhas de argumentos, dialogando com filósofos e adquirindo seus conhecimentos, sem os quais não podem aprimorar suas habilidades e vencer o jogo. Através do material produzido, tem-se a possibilidade de promover uma participação ativa dos alunos-jogadores nas aulas de filosofia, permitindo-lhes, além da incorporação de conteúdos, o desenvolvimento de capacidades como a imaginação, a espontaneidade, o diálogo e o próprio raciocínio lógico, bem como o exercício de cooperação e de trabalho em equipe. Defendemos, portanto, o jogo de RPG filosófico como uma forma empolgante, divertida, descontraída e eficaz de ensinar e aprender filosofia.