O Musical é um gênero literário híbrido, que comporta o teatro, a música e a dança. Suas raízes recebem influência do estilo recitativo e da ária, que deram seus primeiros passos no período da música Barroca, Século XVII (BENNETT, 1989). Na contemporaneidade, o gênero Musical é uma expressão artística do teatro, que pode se estender para o cinema e televisão. O seu funcionamento, trata de narrativas cênicas apoiadas em composições musicais, que poderão apoiar o diálogo ou ser o próprio diálogo. Este gênero literário, por seu caráter híbrido, pode tornar-se um forte meio metodológico para o ensino criativo, tendo em vista a negligência existente ao que se refere à criatividade no campo da Educação Musical. As discussões acerca de alunos "capazes" e não de serem criativos é algo ainda em pauta no âmbito escolar. Mas, não seriam todos potencialmente criativos? Gardner ao abordar a teoria das múltiplas inteligências, enfatiza que podemos desenvolver vários tipos de inteligências. Nesta perspectiva, ver-se a escola como um ambiente propício ao fomento à criatividade, pondo em ênfase, o criar no ensino de artes de maneira interdisciplinar. A criação de musicais torna-se nesse quesito, uma forma de interação entre as artes e de estímulo ao ato criativo, definido por Deleuze (1987) como ato de proporcionar ao mundo uma nova necessidade. Este trabalho tem como metodologia, a pesquisa bibliográfica que "possibilita a análise comparativa de várias posições acerca de um problema, a partir das quais o pesquisador defenderá sua tese" (BASTOS, 2011, PÁG. 32). Com isso, busca-se propiciar uma reflexão acerca da possibilidade de criação de musicais no âmbito escolar, entendendo-se que esta especulação tornar-se-á uma prática educativa. Como fundamentação teórica, usamos Ximendes (2010), Deleuze (1987), Brook (2011), Ostrower (1977), Smole (1999), entre outros.