Em meados de 1975, Viola Spolin lançou Jogos Teatrais na sala de aula: o livro do professor, trazendo importantes contribuições para a encenação teatral e afirmando a concepção de que os jogos não são simples passatempos, podendo contribuir significativamente para o desenvolvimento dos educandos em várias áreas do saber. Os estudiosos da formação de leitores propõem novas formas de leitura dos textos e enfatizam a necessidade de se reconhecer os sujeitos envolvidos no processo como múltiplos e capazes de interagir com a leitura através de outras linguagens. O presente trabalho objetiva investigar as contribuições que os jogos teatrais podem trazer para a formação de leitores. Observamos que os jogos propostos por Viola Spolin (2007) são de extrema relevância para o desenvolvimento de competências e habilidades dos estudantes não apenas no nível da encenação, mas na construção de uma relação dos leitores com o texto e na interação destes com outros. Concluímos que, através da experiência do texto vivenciada no corpo, o leitor se faz sujeito autônomo, capaz de compreender a complexidade do processo de leitura e de atuar consciente de suas possibilidades enquanto leitor.