Este trabalho tem por objetivo investigarmos como a mídia engendra representações de mães de jovens infratores e de presidiários na cidade de Quixadá-Ceará de 2009 a 2018. A metodologia dessa pesquisa consistiu em análises de matérias jornalísticas e de reportagens que envolvem as genitoras de infratores da lei. Para isso, analisamos a reportagem feita do diário do Nordeste que estampou em metade de sua capa uma foto, feita pelo escrivão da policia civil Alex Pimentel, com a seguinte legenda "ACORRENTADO PELA DROGA". Na imagem um jovem acorrentado pelo braço a uma grade. Ainda na chamada o jornal informa o caso: "NO MUNICÍPIO de Quixadá, uma mãe de 35 anos, que trabalha como auxiliar doméstica, tomou uma atitude desesperada: decidiu prender o filho, de 15 anos, a uma grade. O menor já estava se envolvendo com traficantes para consumir crack". (PIMENTEL, 2009, P. 01). Além disso, também investigamos como a TV Monólitos apresentam os enredos maternos em relação aos ambientes prisionais e sobre as dificuldades encontradas pelos familiares dos detentos. Diante disso, consideramos que as narrativas jornalísticas não se configuram apenas como representação dos fatos, mas como importantes mediadoras de acontecimentos individuais e coletivos.