RESUMO
Neste trabalho, tencionamos analisar a tragédia grega de Sófocles "Édipo Rei" e "Antígona" verificando como tal teatrólogo trabalhou nelas uma concepção de amor e ética. Problematizamos o seguinte: Quais os elos existentes entre essas duas noções usadas para uma orientação da vida cotidiana grega? Para isso, destacamos o contexto em que ela foi criada e o lugar social (CERTEAU, 1991) de seu produtor. Para os gregos, o destino é algo que não tem como mudar, sua vida já está escrita e nada que fosse feito mudaria a história. A felicidade é algo que só pode ser dito, a vida feliz está ligada a morte. O amor e a ética estariam mesclados, nessa narrativa, como elementos do divino e da honra para o homem que os segue, mas outros fatores os separavam. Enfim, as obras de Sófocles funcionaram com a verdadeira função de controlar as mentes e as ações dos cidadãos gregos. Além do mais, este tipo de discussão é bem considerável, devido Sófocles também ter sido um sacerdote religioso e Péricles um estrategista. Logo, é algo muito provável devido a sua proximidade que tenham tentado juntar ambas as partes para que desta forma conseguissem influenciar os indivíduos da cidade com mais tranquilidade.