O SOCIAL, O HIBRIDISMO DE GÊNERO E A INTERTEXTUALIDADE NA CONSTRUÇÃO DA LITERATURA DRAMÁTICA DE OSWALD DE ANDRADE: A MORTA.

JOSE ROMÁRIO OLIVEIRA DA SILVA

Co-autores: MARIA VALDÊNIA DA SILVA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

A Morta é uma peça teatral do escritor modernista Oswald de Andrade, publicada em 1937, é a última de uma trilogia ideológica comunista/socialista, junto com O Rei Da Vela (escrita em 1933 e publicada em 1937) e O Homem e o Cavalo (1934), constituindo a "Trilogia da devoração". As peças marcam um momento de ruptura no teatro brasileiro, em que, até então, não dispunha de obras com características tão impactantes, voltadas aos problemas sociais, retratando uma sociedade vendida e criticando a classe exploradora. Estas obras marcam um momento da vida político-social do escritor Oswald de Andrade, quando depois de se ver falido financeiramente, entra para o partido comunista. Este trabalho objetiva discutir, sob a perspectiva da análise do discurso, como o autor produz sua obra de arte a partir do elemento social formador da ideologia e como essa interação com o Outro interfere em seu texto. A discussão será feita a partir do texto literário A Morta, analisando o hibridismo, a intertextualidade e os fatores sociais ideológicos, para tentar entender como a obra literária é construída, observando os fatores que interferem em seu processo de criação. Para essa investigação, focaremos na intertextualidade e no hibridismo dos gêneros textuais presentes na obra citada e ainda no fator social. É por meio dos estudos dos objetos citados que analisaremos a construção do teatro de Oswald de Andrade. Como suporte teórico, nos apoiaremos nos estudos de Magaldi (2004), Cury (2003), Gardin (1995), Mussalim & Bentes (2000), Brandão (2002), Henriques (2012), Marcuschi (2010), Moisés (1983) entre outros.