Abordaremos a formação, o cenário de ação e as táticas de resistência do Grupo Independente de Teatro Amador (Grita) que atuou em Fortaleza de 1973 até 1993. Pretendemos trabalhar com o período específico da Ditadura Militar, restringimos assim nossa análise ao momento compreendido entre 1973, ano de nascimento do grupo, até 1985, quando se inicia o processo de abertura política. O Grita se propunha a levar a experiência do teatro não só aos palcos oficiais, mas também em praças, periferias e favelas. Nosso objetivo é pensar o urbano, dando visibilidade aos seus usos e apropriações pelo Grita. Utilizamos como fonte as peças do grupo, o trabalho de oralidade, bem como o diálogo com os periódicos. Como aporte teórico usamos principalmente o conceito de "táticas" de Certeau.