O trabalho aborda a participação negra na formação social de Aratuba, cidade interiorana do Ceará, enfatizando a significância das matrizes africanas na construção da cultura cearense. Aspectos das permanências de culturas africanas são analisados em diálogo com memórias de videntes, rezadeiras(as) e curandeiros(as). Analisa os depoimentos orais a partir do pensar descolonial, desvinculado de abordagens eurocêntricas, valorizando as subjetividades e narrativas, não para quantificar a presença africana na cidade, mas para dar visibilidade ao negro na composição da identidade local, através das religiões de matrizes africanas e suas conexões com outras referências culturais.