O trabalho apresenta um mapeamento do comércio de escravizados e de diversas formas de resistências ao cativeiro na Província do Ceará a partir da proibição do tráfico transatlântico, após 1850, até o período anterior à seca de 1877. Por meio de investigações realizadas no jornal Pedro II e da abordagem proposta pela História Social, procura observar a força da escravidão e da resistência contra o cativeiro, destacando práticas sociais de sujeitos envolvidos no processo. Anúncios, notas policiais e outras notícias indicam diversas formas de opressão impostas por comerciantes, autoridades e proprietários contra cativos, além de múltiplas formas de resistências cotidianas através das práticas de pequenos crimes, fugas e outras artimanhas produzidas por escravizados nas lutas em busca da conquista da liberdade.