Este artigo analisa a construção literária da revista Cipó de Fogo, produzida no Ceará em 1931 a partir da inclusão de espaços e sujeitos, em sua maioria, excluídos, tanto da literatura quanto da sociedade brasileira. Os artistas de Cipó de Fogo procuraram tornar esses espaços e sujeitos fonte de renovação sócio-cultural para o Brasil. Assim, tanto os principais problemas enfrentados por esses sujeitos, quanto a própria construção da sua condição de sujeitos históricos agiram para compor as estruturas internas da produção artística da Revista. Os textos apresentados em Cipó de Fogo se configuram como fonte de estudo da problemática proposta, tendo em vista a participação dos artistas no processo de construção de uma nacionalidade brasileira. O diálogo historiográfico terá as contribuições de estudiosos como Antonio Candido (2014), Zenir Campos Reis (2000) e Marcelo Badaró Mattos (2010).