Este trabalho discute as representações do passado medieval na literatura regionalista de José de Alencar, mais especificamente no romance O sertanejo (1876), ambientado na região de Quixeramobim (CE) no séc. XVIII. Objetiva-se verificar os elementos da cultura e da história medievais transformados, adaptados e ficcionalizados na obra alencarina, investigando de que forma se associa a realidade sertaneja nordestina a esses elementos que são peculiares às representações artísticas e históricas do medievo europeu. O tema central da proposta se especifica, ao investigar a utilização do código de ética cavaleiresco medieval na constituição do protagonista do romance em foco. Para tal, baseia-se em historiadores, como Le Goff (1994), Cardini (1994), Delort (1997), quanto em estudiosos da literatura, como Curtius (1996) e Auerbach (1976).