O trabalho busca refletir sobre as intervenções do Estado na moradia do pobre, desde o final do século XIX até o Golpe Militar de 1964, na tentativa de compreender como as habitações das camadas baixas eram vistas pelo governo brasileiro e de que maneira este intervira. Em resumo, abordamos de que forma a habitação popular passou a ser considerado um problema, as principais medidas tomadas em torno desta questão, as motivações políticas de cada fase e os desafios dos órgãos criados para prover residências acessíveis aos trabalhadores pobres do país. Também problematizamos o "ideal da casa própria", elaborado no primeiro mandato do Governo Vargas enquanto um dos meios de legitimar a figura paternalista deste. Para tanto, dialogamos com pesquisadores de outros campos, como a Arquitetura, Sociologia e Pedagogia, utilizando a interdisciplinaridade permitida pela Nova História.