O SAGRADO E O PROFANO NAS OBRAS A BEATA MARIA DO EGITO, DE RACHEL DE QUEIROZ E LUZIA-HOMEM, DE DOMINGOS OLYMPIO

FERNÂNGELA DINIZ DA SILVA

Co-autores: FERNÂNGELA DINIZ DA SILVA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Resumo. Neste artigo pretendemos fazer uma análise comparativa entre a peça teatral A Beata Maria do Egito, de Rachel de Queiroz, e o romance Luzia-Homem, de Domingos Olympio sob dois aspectos. O primeiro tratará da mística do sagrado, investigando a relação entre a fé e as crenças geradas nas manifestações religiosas populares e sua representação no território da ficção. Já o segundo abordará o profano, especialmente a profanação do corpo, buscando verificar o papel que ele cumpre na narrativa enquanto morada do pecado sofrendo consequências de um suposto destino. Ambos os aspectos estão presentes nesses enredos e possuem função específica: promover uma cisão entre corpo e espírito, entre vida terrena e ideia de paraíso. Como apoio teórico, utilizaremos os estudos sobre a relação entre o corpo e o sagrado em Georges Bataille e Leonardo Boff.