RESUMO SIMPLES: O presente trabalho caracteriza-se como qualitativo-descritivo, resultante de uma prática pedagógica do conteúdo ginástica, que ocorreu pela aplicação de oito aulas de Educação Física no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN). O conteúdo ginástica está presente no PTDEM (plano de trabalho da disciplina no Ensino Médio) de Educação Física nos primeiros anos. Sendo assim, uma ótima oportunidade de romper com as aulas de conteúdos hegemônicos na Educação Física escolar. Este relato de experiência é fruto da participação dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no IFRN nas aulas de Educação Física de uma turma de 34 alunos do 1º ano do ensino médio, tendo como objetivo vivenciar e refletir com os estudantes sobre a ginástica, além de identificar possíveis fatores impeditivos do conteúdo ser pouco explorado no ensino fundamental. Desta forma, na primeira aula abordamos o conteúdo ginástica na sua dimensão conceitual, englobando diversas modalidades, sempre indagando os alunos no intuito de considerar seus conhecimentos prévios. Na segunda e terceira aula os alunos apresentaram uma pesquisa e uma breve demonstração de movimentos sobre uma modalidade de ginástica de escolha deles. Na quarta aula solicitamos um trabalho prático sobre ginástica geral, os alunos tiveram três aulas para montar uma coreografia a ser apresentada e gravada em vídeo na sétima aula. Na oitava aula os alunos analisaram os vídeos de cada grupo, tentando identificar os elementos da ginástica presentes na coreografia, por fim, realizamos um questionário com os alunos, contendo seis perguntas objetivas e um espaço para comentário sobre as aulas. Após a realização do questionário, identificamos que 70% dos alunos não tiveram experiência prévia com ginástica, dos que tiveram, apenas três foram nas aulas de educação física; 55% não acompanham competições de ginástica, dos que acompanham, apenas um acompanha com frequência, o restante apenas nas olimpíadas; 79% acreditam existir preconceito na ginástica; 68% se interessaram em assistir ou praticar ginástica após a participação nas aulas, 69% avaliaram a experiência como boa ou ótima. Observou-se a possibilidade dos alunos acessarem um esporte não hegemônico nas aulas de Educação Física, mesmo que este não faça parte das vivências do professor e dos alunos. Notamos que é possível organizar os conteúdos de maneira coerente, resultando na aprendizagem e satisfação dos alunos, considerando-os como protagonistas das aulas.