INTRODUÇÃO: O trabalho de parto é um processo fisiológico e, por vezes também é lento e doloroso, causando ansiedade e desconfortos à gestante durante todo o processo de evolução. Nesse sentido, a enfermagem pode atuar através de medidas não farmacológicas já reconhecidas para aliviar a dor e garantir o sucesso na prática humanizada, permitindo à mulher mais sensação de controle no parto.METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência discente a partir das aulas teórico-práticas da disciplina "Saúde de Mulher" da Universidade Estadual do Ceará, ocorridas em um centro de parto normal de um hospital de referência da cidade de Fortaleza-CE, durante o mês de abril de 2015. A experiência se refere à observação e aos cuidados, no campo assistencial, realizados às gestantes pelos acadêmicos de enfermagem, para o desenvolvimento da assistência de enfermagem, com enfoque na humanização do parto normal. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi relatar a experiência de um grupo de graduandos sobre os cuidados de enfermagem não medicamentosos desenvolvidos junto às gestantes em trabalho de parto normal. RESULTADOS: Foram observados: o banho de aspersão, a massagem lombossacral, respiração lenta e profunda, caminhadas, exercícios com a bola suíça e no assento ativo, conhecido como cavalinho. O banho foi a estratégia com melhor aceitação, transformando nitidamente a expressão das parturientes, seguido da massagem e da respiração. As outras estratégias como a bola, caminhada e o cavalinho, foram bastante recusadas pelas parturientes, apesar da demonstração das e informação dos benefícios gerados, com o discurso de não suportarem fazer os exercícios sugeridos. BARBIERI (2013) afirma que essas estratégias podem ser utilizadas na prática obstétrica de forma isolada ou combinada para o alívio da dor, progressão e evolução do trabalho de parto além do conforto e relaxamento da parturiente. A massagem lombossacral e o banho são estratégias de estímulo à pele que promovem relaxamento local e geral respectivamente. SILVA (2011) acrescenta que os exercícios na bola suíça, no cavalinho e o estímulo à deambulação facilitam a descida do bebê, pois a mulher na posição vertical ganha como aliada a gravidade facilitando a circulação materno-fetal e até diminuir as chances de uma possível episiotomia. A bola e o assento tem a característica em comum de fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. CONCLUSÃO: O parto configura-se como momento singular na vida de uma mulher. Torná-la protagonista ativa durante esse processo, garantindo segurança e conforto através de intervenções simples e não medicamentosas, é dar a oportunidade de viver uma boa experiência e realizar um parto humanizado.