RESUMO
INTRODUÇÃO: O climatério é uma fase natural marcada por alterações hormonais importantes, frequentemente negligenciada social e assistencialmente. Este estudo objetiva realizar uma reflexão crítica sobre a invisibilidade social e assistencial vivenciada pelas mulheres durante o climatério. MÉTODO: Utilizou-se abordagem metodológica reflexiva, sustentada por análise interpretativa da literatura especializada nas bases SciELO, MEDLINE e LILACS, buscando compreender as implicações sociais e assistenciais enfrentadas pelas mulheres climatéricas. RESULTADO E DISCUSSÃO: Constatou-se que culturalmente prevalece a valorização da juventude e capacidade reprodutiva, associando o climatério ao envelhecimento e perda de valor social, gerando baixa autoestima e isolamento. Estruturalmente, os serviços de saúde priorizam a atenção reprodutiva, negligenciando demandas específicas dessa fase, resultando em serviços insuficientes e fragmentados. Institucionalmente, a fragmentação entre níveis assistenciais e a falta de capacitação profissional agravam essa situação. CONCLUSÃO: Observa-se que mudanças culturais e políticas são essenciais para valorizar integralmente a fase do climatério, garantindo uma formação adequada dos profissionais, serviços integrados e acessíveis, como também diálogos abertos que reduzam desigualdades e melhorem a qualidade de vida dessas mulheres.
Palavras-Chave: Climatério; Serviços de Saúde da Mulher; Equidade em Saúde.