A Hipertensão Arterial (HA) configura-se como uma expressiva Doença Crônica Não Transmissível (DCNT), apresentando prevalência global. Com etiologia multifatorial, a HA está correlacionada a elevada morbimortalidade, gerando onerosos encargos ao Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um estudo ecológico com análise de séries temporais e geoprocessamento, conduzido a partir dos dados secundários do Sistema de Informação Hospitalar (SIH). Foram consideradas hospitalizações por HA no Ceará entre 2014 e 2024, abrangendo cinco macrorregiões de saúde. Nesse período foram computadas 9.498 internações, cujo dispêndio totalizou R$3.018.431,74. A macrorregião do Cariri teve maior número de internações (47,25%), enquanto Fortaleza se destacou pelos custos mais vultosos. Na série temporal, verificou-se declínio inicial dos custos totais, seguido de estabilização, concomitantemente houve uma uma uma evolução progressiva dos custos. Os achados demonstram que as hospitalizações por HA impõem consideráveis sobrecarga financeira e estrutural do SUS, evidenciando disparidades regionais no Ceará. Torna-se notório o fortalecimento da atenção primária e a implementação de políticas estratégicas de prevenção, visando a mitigação da carga hospitalar e a otimização dos recursos assistenciais.