Objetivo: Analisar na literatura a relação entre o hipotireoidismo e o hipertireoidismo e a saúde materno-fetal. Método: Revisão integrativa da literatura, com busca nas bases LILACS, MEDLINE e SCOPUS, utilizando descritores controlados e operadores booleanos, em março de 2025. Resultados e discussão: A busca apresentou cinco estudos na amostra final. A gravidez cria contextos que podem resultar em hipo ou hipertireoidismo. O aumento da filtração glomerular intensifica a depuração renal de iodo, podendo gerar efeitos clinicamente significativos no período pré-concepcional. Além disso, alterações imunológicas podem desencadear a Doença de Graves, associada ao hipertireoidismo, à pré-eclâmpsia e ao sofrimento fetal. Entretanto, a tendência é a redução dos níveis de T3 e T4, predispondo ao hipotireoidismo, a disfunção mais comum na gravidez. O hipotireoidismo está ligado a abortos espontâneos, hipertensão gestacional, ao parto prematuro e à restrição do crescimento fetal. A transferência de hormônios maternos é essencial para a maturação fetal, e sua deficiência pode causar sequelas neurológicas, como TEA e TDAH. Considerações finais: O equilíbrio tireoidiano influencia o bem-estar materno e fetal. O hipotireoidismo aumenta complicações obstétricas e sequelas neurológicas, enquanto o hipertireoidismo eleva riscos cardiovasculares e perinatais, destacando a importância da regulação hormonal para a saúde materno-infantil.