Introdução: A insuficiência cardíaca lidera as internações por doenças cardiovasculares, com altas taxas de mortalidade no Brasil e no Ceará. Objetivo: Descrever o padrão temporal da mortalidade por insuficiência cardíaca no Ceará entre 2000 e 2022. Método: Estudo ecológico, conduzido a partir de dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade. Os dados foram tabulados por região de saúde, sexo, faixa etária, cor/raça e escolaridade. Aliado a isso, calculou-se a taxa de mortalidade para cada ano. A análise temporal por pontos de inflexão foi conduzida para o cálculo da variação percentual anual e seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Resultados: O Ceará registrou 23.568 óbitos, em maior proporção na macrorregião de saúde de Fortaleza, em pessoas de 80 anos ou mais, pardos e sem nenhuma escolaridade. A taxa de mortalidade média foi de 11,93 óbitos/100 mil habitantes, com picos em 2015 e 2022. O padrão temporal oscila entre tendências decrescentes e crescentes que alternam entre si, respectivamente. Conclusão: A alta taxa de mortalidade destaca a insuficiência cardíaca como problema de saúde pública, com tendência de ascensão nos próximos anos. Além disso, os óbitos se concentram em populações consideradas como de risco.