CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS E MORTALIDADE POR DOENÇA DE CHAGAS EM FORTALEZA

LARA LÍDIA VENTURA DAMASCENO

Co-autores: THIAGO SANTOS GARCES, AMANDA CABOCLO FLOR, ROSANNA DA SILVA FERNANDES RIBEIRO, THEREZA MARIA MAGALHÃES MOREIRA e MARIA LÚCIA DUARTE PEREIRA
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Introdução: o cenário epidemiológico da doença de Chagas é marcado pela persistência de casos crônicos cardíacos da doença. Nesse ínterim, as características climáticas podem influenciar significativamente na sintomática e mortalidade pela doença. Objetivo: analisar o padrão temporal e associação entre as características climáticas da cidade de Fortaleza e a mortalidade por doença de Chagas entre os anos de 2003 e 2023. Método: estudo ecológico, utilizando dados secundários e técnicas de análise temporal. Foram incluídos todos os óbitos por doença de Chagas em Fortaleza no período, e junto a base populacional, foi calculada a taxa de mortalidade para cada ano. Para os dados climáticos, foi considerado: precipitação anual, umidade relativa do ar e temperatura média. Para as séries temporais, foi realizada análise por pontos de inflexão. Por fim, realizou-se regressão linear univariada para verificar associações. Resultados e Discussão: verificou-se crescimento da temperatura, enquanto a umidade do ar mostrou queda. A mortalidade e a precipitação seguiram padrões estacionários. A regressão linear evidenciou que a mortalidade é inversamente proporcional à umidade relativa do ar e diretamente proporcional à precipitação. Conclusão: as condições climáticas podem afetar a mortalidade por doença de Chagas, ao passo que atuam como gatilhos para descompensação cardíaca, além de problemáticas no acesso à saúde.