A HISTÓRIA DA IDEIA DE TRABALHO E A CRÍTICA DE KARL MARX

ÍTALO ANDRADE LIMA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

A presente proposta de comunicação objetiva uma exposição sobre o conceito de trabalho, no decorrer da história, isto é, aquela apresentada nos escritos antigos, aquela presente nos economistas políticos clássicos, bem como a crítica a tal conceito presente nos escritos de Karl Marx. Trata-se da ideia de trabalho, desde aquela presente nos escritos antigos, a saber, o trabalho como meio de dignificação do homem, até aquela presente nos economistas políticos clássicos, que identificam a origem das desigualdades por meio de contos e fábulas, a saber, o famoso Robinson. Nesse sentido o trabalho, ou a divisão social do trabalho, pode ser identificada, como lei eterna e natural, cabendo apenas pensar sobre a garantia da harmonia social. Para Marx, a economia política clássica, de forma consciente, toma como ponto de partida, de sua reflexão teórica, a oposição de interesses de classe, salário e lucro, lucro e renda da terra, considerando tal oposição uma lei natural da sociedade. Para Marx, todo trabalho é dispêndio de força humana, tanto no sentido fisiológico, quanto no sentido de um fim determinado. Na forma capitalista de produção, tal fim será a produção de mercadorias, sendo as mercadorias, expressão de uma mesma substancia social, o trabalho. Marx sustenta que os economistas vulgares, apenas do valor do trabalho, sua expressão monetária de preço necessário ou natural, todavia trata-se, antes de qualquer coisa de investigar a relação de compra e venda da força de trabalho. A crítica de Marx estará vinculada à necessidade de se esclarecer as determinações que regem o nascimento, a existência e o desenvolvimento dessa forma particular de produção, realizando uma reflexão, tanto da essência quanto dos fenômenos políticos desse modo de produção. Esta pesquisa se inscreve no âmbito de uma filosofia prática, na medida em que tem como método de pesquisa uma exposição do movimento do real: compreendendo que o ideal nada mais é que o material transposto e interpretado pelo pensar. A ideia de trabalho como fundamento do ser social e, na forma capitalista de produção, da expropriação da força de trabalho como fundamento desta forma de produção. Para tal investigação, utilizaremos, entre outras obras os Grundrisse; O Capital; Crítica ao Programa de Gotha e; Salário, Preço e Lucro.