MARIA FIRMINA DOS REIS E OS DISCURSOS ANTIESCRAVISTAS NO MARANHÃO NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX.

RÉGIA AGOSTINHO DA SILVA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

Maria Firmina dos Reis e os discursos antiescravistas no Maranhão na segunda metade do século XIX.

      Régia Agostinho da Silva

     ruaformosa@hotmail.com

         Eixo temático: História, memória e oralidade.

 

O presente trabalho tem por objetivo discutir a atuação da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis (1825-1917) na discussão sobre a escravidão no Maranhão na segunda metade do século XIX. Partindo do romance "Úrsula" (1859) e o conto "A escrava" (1887), e de seus diversos escritos na imprensa do período, pretende-se perceber como a escritora utilizou sua pena e veia literária na construção de um ideário antiescravista no Maranhão do século XIX, que se configurava nesse momento como umas das províncias com maior número de contingente escravo do período. O Maranhão do século XIX, contexto em que Maria Firmina dos Reis viveu e produziu sua obra foi marcado por uma grande hierarquia social, na qual, uma elite branca e escravocrata, constituía-se como mandatária do poder local. Nesse cenário é que Maria Firmina dos Reis insere sua escrita antiescravista que pode ser percebida nas obras citadas, principalmente no romance "Úrsula" de 1859 contribuindo dessa forma na luta pelo fim da "instituição horrenda" que foi a escravidão no século XIX em nosso país. Nosso intento é seguir a escrita firminiana e perceber como a atuação da escritora mulata Maria Firmina dos Reis, pode nos ajudar a entender escravidão no Maranhão e também os discursos antiescravistas desse período, contribuindo dessa forma para um maior conhecimento da escrita feita por mulheres no século XIX em nosso país, a escravidão no Maranhão e no Brasil do oitocentos .