A PRESENÇA DE BELCHIOR GOMES DE ARAÚJO NO IMAGINÁRIO IGUATUENSE E ARREDORES

FATIANA CARLA ARAUJO

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

A PRESENÇA DE BELCHIOR GOMES DE ARAUJO

NO IMAGINÁRIO IGUATUENSE E ARREDORES

 

Fatiana Carla Araújo

fatianaaraujo@ymail.com

Eixo: História, Memória e Oralidade

 

O intuito desse estudo é compreender a construção da identidade iguatuense, a partir do papel desempenhado por Belchior Gomes de Araujo, morto, mas vivo nas lembranças de gerações que não o conheceram, através da repetição e recriação de histórias e símbolos, por meio das quais estabelecem vínculos com esse personagem local. Embora o espaço de atuação desse estudo seja a cidade de Iguatu-CE, os limites geográficos são ultrapassados, à medida que o papel social de Belchior ressoou por outros municípios do centro-sul cearense (Quixelô, Acopiara, Jucás, Barbalha, Crato).

Esse estudo analisa a relação entre identidade, memória e representação utilizando-se da História Oral como instrumento de interpretações realizadas sobre as narrativas orais e suas representações coletivas manifestadas nas práticas, crenças e lembranças do grupo estudado. Busca-se compreender as práticas sociais de um determinado grupo através da construção da identidade, manifestada pelo inconsciente coletivo e discutir o significado das representações sociais expressas na construção de símbolos e arquétipos.

Analisando a constituição de subjetividades e suas inter-relações com outros aspectos da vida social, como memória e representação, busca-se compreender as práticas de construção da identidade iguatuense nos últimos sessenta anos. Salienta-se o esforço em estabelecer relações entre os sujeitos individuais e suas afetividades com as práticas cotidianas, ou seja, uma forma de viver. Essa análise objetiva perceber a mudança, a realidade como maleável, mas ao mesmo tempo, detentora de uma ordem imanente às mudanças históricas. As discussões sobre identidade têm suscitado os mais diversos debates, sobretudo quanto às mudanças provocadas com a pós-modernidade. Apresenta-se uma perspectiva de estudo pautada numa inter-relação entre memória, identidade e representação. A análise será fundamentada na discussão de Stuart Hall sobre identidade, Joël Candau analisando as relações entre memória e identidade, e Carl Gustav Jung ao interpretar os símbolos e arquétipos, como conteúdos do inconsciente coletivo. A história oral será utilizada como instrumento metodológico de coleta e análise das informações que fundamentarão o processo de construção dessa pesquisa.  Os conceitos discutidos por Alessandro Portelli nortearão os fundamentos teórico-metodológicos.