FOTOGRAFIA E AURA EM WALTER BENJAMIN: RUINA DA ARTE E DA ESTÉTICA TRADICIONAL.

PABLO TAHIM PEREIRA SILVA

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

 

A proposta de trabalho busca uma exposição sobre a relação estética entre fotografia e aura no âmbito da arte e do pensamento de Walter Benjamin. Ao trabalhar a questão da aura na fotografia no ensaio "Uma pequena história da Fotografia" de 1931, tema que seria posteriormente retomado no ensaio "A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica" de 1935, objetiva expor uma nova forma de percepção da arte, pois demonstra que a técnica fotográfica seria um novo modelo de arte. Para tanto Benjamin faz um percurso sobre a história da fotografia, em sua evolução e receptividade como objeto artístico na sociedade moderna. A partir de então, Benjamin tratará sobre o advento da fotografia durante o séc. XIX e a sua importância e ruptura com a arte tradicional, demonstrando o seu impacto social e os conflitos gerados pelo seu advento. Benjamin sustenta que a técnica fotográfica deveria ser destituida daquilo que ele chamará de aura da obra de arte, observando a existência de uma última tentativa de resgate de aspectos que remetiam a tradição, como o caráter de unicidade e sacralidade nos objetos artísticos. Essa nova percepção estética sobre a técnica fotográfica em Benjamin, teria como influências, as imagens do fotografo Eugéne Atget, que extraia a personificação humana do centro da fotografia, e com August Sander que, ao expor pessoas anônimas que não possuíam interesse algum em serem fotografadas, destruiria assim aquilo que seria o ultimo respiro da aura na personificação da imagem das pessoas em forma de retratos, algo que para Benjamin, seria uma forma da tradição atribuir a técnica fotografica o valor de culto e instituir o seu caráter de unicidade.