Lugares de memória e a identidade étnica Tremembé no contexto do magistério Indígena Tremembé de ensino Superior (MITS)[1].
Renata Lopes de Oliveira[2]
O presente trabalho parte de levantamento teórico bibliográfico, de entrevistas aos 'marcadores sociais' da comunidade Tremembé de Almofala e de nossa participação enquanto pesquisador observador das disciplinas do MITS, vinculado a Universidade federal do Ceará.
Nesse trabalho buscamos identificar os marcos basilares para a construção da identidade étnica indígena Tremembé a partir das narrativas dos marcadores sociais da comunidade e das discussões suscitadas no contexto do MITS.
Nessa pesquisa buscamos observar como as vivências/experiências e a evocação de um passado comum, assentado em práticas ancestrais, permitem a partir de um encontro/confronto com o modo de viver das populações percebidas pelos Tremembés como não índia, ou indígena de outra etnia, delimitar a identidade étnica Tremembé.
Assim, esse trabalho busca identificar e compreender a significação que o povo da comunidade Tremembé de Almofala dá ao que podemos chamar de lugares de memória, observando como a partir desses marcos eles rememoram seu passado e constroem um sentido de identidade individual e coletiva. Uma vez que as comunidades indígenas cearenses vivem num contexto histórico e social de constante necessidade de reafirmação de suas identidades étnicas e de não integração a sociedade moderna baseada em padrões eurocêntricos e suas tendências massificastes.
Palavras-chaves: Lugares de memória. Identidade étnica. Tremembé.
[1] Pesquisa Orientada pelo professor Dr. João Batista de Albuquerque Figueiredo.
[2] Graduanda em História pela Universidade Federal do Ceará, Bolsista de iniciação científica e educadora de Museu.