Título do trabalho: Os enlaces da Memória com a Escrita: Os livros memorialísticos como fontes, para se tecer a História.
Cintya Chaves
cintyachaves@bol.com.br
Eixo Temático Pretendido: História, Memória e Oralidade
Resumo
Os livros memorialísticos possuem grande poder no que concerne a administrar as sensibilidades dos leitores acerca do passado. Assim, o livro dito de memória, ou seja, aquele que apresenta os fatos almejando uma uniformização dos mesmos, uma estabilidade e ou personificação, Dona Judite é uma figura de referência na vida social, cultural, política, religiosa e educacional de Limoeiro do Norte, como também a propagação de grupos, Judite e Custódio marcaram profundamente, e de forma positiva a história de Limoeiro do Norte, deixando o seu legado para as gerações futuras, ( FREITAS, & OLIVEIRA, 2006) ou indivíduos no que se refere ao passado, constitui uma das expressões mais complexas para os estudos históricos, por ser a consumação "sólida" da relação próxima entre oralidade, memória e escrita. Ao contrário da maioria dos documentos escritos que são permeados pela impessoalidade e congelados em seu tempo de produção, a maioria dos livros que aqui chamamos de memorialísticos, são produzidos pós os acontecimentos, sendo gerenciado, portanto, por essa categoria, a memória, que por ser eminentemente social é sempre vivida e compartilhada, (JUCÁ, 2011:34) ampliando assim, os horizontes do entendimento do historiador por permitir a este, uma compreensão mais abrangente dos espaços sociais onde estes indivíduos estavam e estão engajados (JUCÁ, 2011:34). Portanto, a produção destes livros de memória é regida pelo o anseio e interesses dos sujeitos sociais envolvidos, sendo este instrumento mediador de discursos pela disputa pela memória que envolve os atores sociais nesta relação, passado e presente. Assim, este trabalho se propõe a refletir a respeito dos livros memorialísticos, como fontes para a História, abordando sua proficuidade bem como suas diferentes possibilidades, sendo estes fecundos para perceber as relações de identidades dos indivíduos, bem como as disputas, no que diz respeito ao que deve ser lembrado e o que é conveniente ser esquecido.