LEMBRAR E ESQUECER: O PAPEL DO HISTORIADOR NAS COMISSÕES DA VERDADE

CAROLINA MARIA ABREU MACIEL

Co-autores:
Tipo de Apresentação: Oral

Resumo

Ao escolher trabalhar com a Memória, o historiador caminhará por uma longa ponte, ponte essa cheia de obstáculos que deverão ser superados seguindo os princípios da crítica e ética. A memória dos períodos traumáticos por si mesma silencia-se, e em alguns casos o silêncio nos parece eterno. As questões referentes à relação entre memória e história, mas especificamente aos acontecimentos que tem como ponto de convergência o desrespeito aos direitos humanos, colocam o historiador em uma encruzilhada onde desvelar essa memória pode evocar traumas passados que ainda não cicatrizaram e reações agressivas pelos ex-detentores do poder em questão. Este artigo busca colocar em debate as problemáticas relacionadas à criação da Comissão Nacional da Verdade no Brasil e o papel que o historiador deverá ocupar dentro do processo de apuração dos fatos. Buscando semelhanças e divergências nas experiências de outras Comissões da Verdade, mais especificamente em países latino americanos, como o caso do Chile e da Argentina.