Neste trabalho, busco analisar algumas das diversas vozes sociais que transitam nos escritos de Lima Barreto em confronto/interação com os discursos em voga na implantação da República Brasileira. Estudo o papel do discurso barretiano em sua faceta transgressora, um discurso do riso que se contrapõe aos discursos hegemônicos. Através de recortes da obra Triste Fim de Policarpo Quaresma busco vislumbrar outras histórias, outros lugares sociais e outros sujeitos sociais da modernidade brasileira a partir do que Foucault(1970) chama de possibilidades de jogos de verdades. Assim, tenho como objetivo o estudo das práticas discursivas não contempladas por estudos oficiais, que nos permitem, no século XX, um debruçar sobre uma heterogeneidade de vozes sociais que insistem em desestabilizar os modos de ser e existir dos discursos hegemônicos. Tais vozes sociais trazem à tona uma história construída à margem do projeto de modernidade implantado no início do século XX , o fio discursivo barretiano evidencia a relação do ser ordinário suas astúcias e táticas(CERTEAU,1994) com a República instaurada.