Os diferentes espaços de documentação (arquivos, núcleos, centros de pesquisa) são uma coordenada quase incontornável para aqueles que lidam com a História. Sacralizados como depositário de documentos, no entanto, esses espaços, muitas vezes, são vistos de forma sacralizada e vazia, como se fossem, ou devesem ser, imunes às ações da própria História. Idealizados como guardiões do tempo, muitas vezes, esses espaços de documentação são, simultaneamente, lugares cheios e vazios de História. Cheios, porque em suas estantes repousam pujantes acervos documentais; vazios, porque sabemos dos documentos, mas desconhecemos a história das instituições que lhes dá guarida. Esse trabalho deseja refletir e problematizar as histórias de um desses espaços de documentação, qual seja, o Nucleo de Documentação Cultural da Universidade Federal do Ceará (NUDOC-UFC), criado em 1983. Nosso intuito é, partindo de um caso exemplar, provocar uma reflexão mais acuidada acerca da importância dessas instituições para a construção de uma reflexão crítica da nossa condição de sujeitos históricos.