Na cidade de Goiânia, 13 de setembro de 1987, dois sucateiros Roberto Santos Alves e Wagner Mota Pereira dirigiram-se às ruínas de um prédio situado entre as Avenidas Tocantins e Paranaíba, no centro da cidade, onde funcionara uma clínica de radioterapia, visando retirar do local um equipamento abandonado. Movia-os a possibilidade de utilizarem o chumbo que revestia o aparelho para vendê-lo como sucata a um dos ferros-velhos. No quintal da casa, usando ferramentas comuns, separaram a parte de chumbo do restante da peça, rompendo a janela de irídio que protegia a cápsula de césio 137, elemento radioativo que era utilizado como elemento para o tratamento de câncer. O acidente permitiu a liberação de radioatividade para o meio ambiente, dando início ao que seria considerado como o maior acidente radiológico urbano do mundo. O presente trabalho apresenta A Folha de São Paulo como fonte de pesquisa para a coleta de informações entre os anos de 1987 e 1997. O principal objetivo é trabalhar como A Folha abordou esse acidente e como esse periódico discutiu o impacto ambiental causado pelo Césio-137.