História e Literatura se aproximam, mas não se confundem. Pensamos a literatura de Clarice Lispector como uma linguagem simbólica, contestada a todo o momento, criadora de possibilidades de conviver com o imprevisto, com o inusitado; uma literatura que é relação consigo mesma, com o mundo e com outro e que se dedica a relatar essa simultaneidade à condição do ver e do sentir. Utilizando os conceitos de Tzvetan Todorov sobre o discurso e as análises de Michel Foucault referentes à constituição do sujeito e à produção de subjetividades analisamos o conto Se eu fosse eu de Clarice Lispector com o intuito de perceber a relação entre escritura e subjetividade.