Com a Lei de Terras de 1850, várias foram as consequências nas relações de trabalho e no controle de um dos seus principais meios de desqualificação: o acesso a terra. O Cariri cearense da segunda metade do século XIX se caracterizava pelas atividades que, predominantemente, se voltavam ao mundo rural. A partir dessas relações, diversos tipos de conflitos envolviam as classes subalternas e a classe senhorial. A presente pesquisa tem por objetivo analisar esses conflitos e as formas de controle social, bem como entender as relações de trabalho entre o campesinato, os escravizados e os trabalhadores "livres" - que podiam ser submetidos a diversas formas de trabalho compulsório. Foram analisados processos-criminais, inventários e os jornais O Araripe (1855-1864) e A voz da Religião (1868-1870) como fontes da pesquisa.