Esta comunicação analisa diferentes visões sobre a morte e o morrer em Fortaleza, na virada do século XIX para o XX. Partindo das discussões sobre a história das sensibilidades, pensa-se a morte de forma relacional ao tempo histórico, como forma de agir, pensar, ser e estar no mundo. Nesse sentido, é importante a operação com o conceito de "comunidades emocionais", ou seja, grupos sociais cujos membros aderem às mesmas emoções e suas formas de expressão. Objetiva-se problematizar as sensibilidades em torno da morte no período supracitado, pensando-as como formas de compreensão do próprio tempo na cidade de Fortaleza. Para tanto, debruça-se sobre diferentes corpos documentais, produzidos por membros da classe médica,do clero e de intelectuais e memorialistas que escreveram no/sobre o período. Além disso, são contempladas também construções tumulares do Cemitério São João Batista.