Dentro da idéia de civilidade, a família apresenta um papel de suma importância; ao pai competia a função de prover o lar e fornecer subsídios para que a mulher pudesse cumprir seu papel enquanto educadora e facilitadora de filhos comprometidos com a Nação. Como parte da civilização, o amor, especialmente o amor romântico agia como propulsor por promover a separação dos corpos, pois, acreditava-se que os gestos e as expressões de amor eram questões íntimas, não deveriam ser testemunhadas. O amor era algo pessoal e deveria ser silenciado, discreto, não podendo ser demonstrado publicamente; no entanto, nem tudo que era idealizado era praticado da mesma forma por todos os sujeitos, a final alguns escolhiam, mesmo que inconsciente, praticar suas sensibilidades de maneira a chocar com os ideais da época; pretendemos tratar de questões inerentes ao ideal de civilidade, propagado pelos órgãos administrativos da cidade, pelos periódicos, dentre eles damos destaque para a parte literária do Almanaque do Ceará, além disso, faremos uso de processos criminais, livros que abordavam o amor de maneira científica e de cartas trocadas por amantes na cidade de Fortaleza na transição do século XIX para o XX.