Esta pesquisa busca investigar como certas transformações no meio geográfico estão relacionadas a mudanças nas relações sociais de produção e percepção interna de tempo de agricultores no cultivo algodoeiro no Ceará em meados do século XIX. Assim, procura-se fazer um diálogo entre várias disciplinas e ramos de saber, sobretudo, geografia e ecologia. Objetiva-se analisar e compreender tensões temporais na realidade socialmente vivida e compartilhada de agricultores diante de exigências capitalistas, com suas mudanças no cultivo de algodão. Para isso, através de vestígios variados, como Relatórios de Presidentes de Província, relatos de viajantes, memórias de políticos e homens de ‘sciencia', inventários etc, tenta-se problematizar relações entre técnica, cultivo algodoeiro e novas sensibilidades no cotidiano de agricultores.