Objetiva-se a análise das classificações e condenações às práticas religiosas de origem afro-brasileiras, denominadas de catimbós, na cidade de Fortaleza no final da década de 1920, através de uma série de matérias do jornal O Ceará. A perspectiva analítica assenta-se na percepção de que as denúncias de tais práticas, além de permeadas pelo discurso da ordem e saúde públicas no ideal de urbanidade e civilização engendram-se, naquele contexto cultural, como parte de disputas específicas - no interesse de determinados agentes - do campo religioso local.