Em 1865, um projeto de lei buscava regularizar um dispositivo que inseria a Princesa Isabel e o conde d'Eu no Conselho de Estado. Contrariado com a inserção de uma mulher, ainda que fosse a herdeira do trono imperial, o deputado e escritor José de Alencar, discordava da ideia da participação da Princesa Imperial nos negócios de Estado. Para embasar suas concepções, Alencar publicou um trabalho intitulado "Uma these constitucional: A Princeza Imperial e o Principe Consorte no Conselho de Estado", onde demonstrava o seu desconforto causado, entre outros motivos, por aquilo que acreditava ser a desconstrução do modelo natural de papéis masculinos e femininos no Brasil oitocentista. O presente trabalho busca tecer algumas considerações acerca do texto de Alencar e a teia que envolvia as representações políticas e sociais da monarquia brasileira.