Diante uma historiografia que centrou sua atenção da luta armada das esquerdas no sudeste, surgem estudos sobre o tema em outros locais do País. No Ceará destacaram-se as ações da Ação Libertadora Nacional (ALN) e o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Havia no estado uma tradição de violência política, tradição em que estava inserida também a esquerda local. No geral, os militantes da guerrilha atuantes no Ceará eram jovens, de idade inferior a 25 anos, pertencentes à classe média intelectualizada, estudantes, sobretudo, do sexo masculino. Trata-se de alguns aspectos do cotidiano dos militantes, como seu pouco preparo para a luta armada, o planejamento e realizações de suas ações e as "quedas" (prisões). Também aborda algumas das ações da esquerda local, com destaque para o ruidoso caso de São Benedito, no qual a ALN "justiciou" um comerciante naquela cidade cearense. A partir daí, começaram as prisões dos guerrilheiros, submetidos a torturas e condenados a longas penas.