O CORPO QUE FALA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

MARÍLIA DAYANNE DA SILVA COSTA

Co-autores: MARÍLIA DAYANNE DA SILVA COSTA, BRUNA LEITE DE QUEIROZ, BERGSON RODRIGO FERNANDES DE OLIVEIRA e SUÊNIA DE LIMA DUARTE
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

 

O CORPO QUE FALA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

 

SILVA, Marília Dayanne da Silva[1]

QUEIROZ, Bruna Leite de[2]

OLIVEIRA, Bergson Rodrigo Fernandes de[3]

DUARTE, Suênia de Lima[4]

 

A atitude de expressar sentimentos e saberes sem medo das reações do outro é admirável e desafiante, pois, é recebido da sociedade estímulos para sermos sujeitos objetivados e não subjetivados. Estímulos estes atuais na escola quando prioriza em sua ação pedagógica o lógico em detrimento do sensível (NÓBREGA, 2009). Começamos a observar por meio de nossas ações do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) de Educação Física, que um corpo objeto apresentava-se presente no lócus da E. E. Tarcísio Maia - Pau dos Ferros/RN, especificamente na turma do 9º ano do ensino fundamental II. Foi assim que começamos a desenvolver um projeto em que trabalhasse de forma articulada o corpo e a subjetividade desses alunos. Aqui, aparentamos um relato dessa experiência que ocorreu em 10 horas/aulas. Utilizamos como instrumentos metodológicos os relatos das observações das aulas e os relatórios entregues pelos alunos, os quais relataram suas experiências, sensações e sentimentos despertados durante as aulas. O tema proposto "Expressão corporal na escola" foi recebido por parte dos alunos de forma entusiasta. No princípio da ação docente, sempre utilizávamos indagações: O que é corpo? Uma maquina que tem partes? Um ser uno? Eram utilizadas inicialmente e tinham por função proporcionar uma reflexão sobre corpo e dança. O momento instigava a aula prática, a qual iniciava por meio de brincadeira abordando percepção corporal e brincadeiras que sugerisse confiança entre eles. Colocamos após as brincadeiras a música, a qual nos ajudou a trabalhar com partes mais técnica da dança, como contagem musical, ritmo, tons, obtendo assim uma noção musical a qual trazia em sua essência uma forma singular de movimentação. Utilizamos também o processo criativo com esses alunos por meio da construção coreográfica, cuja inspiração foi dos próprios alunos. Durante todas as aulas percebemos que a participação da turma foi significante e prazerosa. Alunos que outrora mal participavam das discussões, nessas aulas se autorizaram a dividi seu saber com o grupo. Foram encontrados nos relatório entregues depoimentos únicos como "meu corpo despertou"; "me senti liberto", etc. Ao final percebemos que esse projeto oportunizou uma ligação entre a dança, subjetividade e a inclusão de si no processo de aprendizagem. Utilizar uma linguagem sensível nas aulas de educação física escolar é desafiador, mas no momento que inauguramos por meio de uma ação docente uma percepção diferenciada do humano, do mundo e de si mesmo, passamos a ver que tudo na vida vale a pena ser vivido.

Palavras-chaves: Dança. Subjetividade. Educação Física Escolar.

 

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NÓBREGA, T. P. Corporeidade e educação física: do corpo-objeto ao corpo-sujeito. Natal: Editora da UFRN, 2009.

 


[1] Discente do curso de Licenciatura em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

marilia_dayanne2@hotmail.com

[2] Discente do curso de Licenciatura em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

brunaedfisica01@hotmail.com.br

[3] Professor de Educação Física da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte

bergson.edfisica@gmail.com

[4] Professora Mestre do curso de Licenciatura em Educação física pela Universidade do Estado do rio grande do Note (UERN)

limaduarte-uern@hotmail.com