O TREINAMENTO FÍSICO DE ENDURANCE REDUZ A GORDURA RETROPERITONEAL E EPIDIDIMAL EM RATOS

ELITHA GARDENIA PAULINO SOUTO

Co-autores: LUIS GUSTAVO FARIAS DE SOUSA, IGOR CABRAL COUTINHO DO RÊGO MONTEIRO, TANES IMAMURA DE LIMA, PHABLO SÁVIO ABREU TEIXEIRA e VANIA MARILANDE CECCATTO
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

O acúmulo de gordura corporal está associado a diversas morbidades como: doenças coronarianas, hipertensão, aterosclerose, obesidade, diabetes e síndrome metabólica. No entanto a prática regular de atividade física está vinculada a diversas vias metabólicas conforme a demanda requerida na intensidade do esforço. Assim, o treinamento físico pode proporcionar adaptações positivas na performance e nas características da via metabólica utilizada. Durante o treinamento, diferentes substratos podem ser necessários para suprir a demanda energética como, por exemplo, os ácidos graxos (AG) e outras gorduras. Este trabalho objetivou analisar a influência do exercício na oxidação das gorduras como substrato energético, aferindo a quantidade da gordura retroperitoneal e epididimal em animais submetidos a treinamento físico de endurance. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética para o Uso de Animais - CEUA da Universidade Estadual do Ceará - UECE, sob o protocolo de nº 10030319-6/16. Foram utilizados 12 ratos Wistar machos com idade inicial de 60 dias sob temperatura de 22 a 25ºC com ciclo de 12 horas claro e 12 horas escuro, recebendo ração e água "ad libitum". Os animais foram submetidos a duas semanas de familiarização à esteira, selecionados a partir do teste de esforço máximo e divididos aleatoriamente em grupo exercício (EX, n=6) e sedentário (SED, n=6). O grupo EX recebeu treinamento durante 6 semanas, 5 dias por semana, 60 minutos por sessão, em esteira na velocidade de 1,2Km/h correspondente a 60% do ponto de exautão. Os animais foram pesados antes do sacrifício, em seguida anestesiados com ketamina (60mg/Kg) e xilasina (8mg/Kg) e sacrificados por decapitação. A gordura epididimal e retroperitonial foram dissecadas e pesadas. Para a análise estatística, utilizou-se teste t para amostras independentes, admitindo significância de p<0,05, os dados foram apresentados em média ± erro padrão.  Após o período de treinamento o grupo EX apresentou massa corpórea de 272,2 ± 7,15g e o grupo SED 273,8 ± 5,50g não apresentando diferença estatística. Observou-se diminuição de 35% da massa de gordura retroperitoneal dos animais mantidos exercitados quando comparado aos animais sedentários (SED: 0,63 ± 0,10; EX: 0.41 ± 0,03). A avaliação da gordura epididimal dos animais exercitados mostrou redução de 17% da massa da gordura quando comprado ao grupo SED (SED: 1,03 ± 0,03; EX: 0,85 ± 0,05). Diante disso, concluiu-se que o treinamento físico de endurance proporcionou redução significativa da gordura corporal observada por meio da diminuição das gorduras epididimal e retroperitoneal mostrando uma possível melhora na utilização da via metabólica dos AG e das gorduras, assim sendo, o exercício pode ser um importante tratamento no controle e manutenção dos níveis satisfatórios da gordura corporal e como consequência a prevenção de diversas doenças relacionadas ao acúmulo de gordura corporal.