DIABETES MELLITUS ALTERA RESPOSTA DE FIBRAS MOTORAS DO POTENCIAL DE AÇÃO COMPOSTO DE NERVO CIÁTICO DE ANIMAL DIABÉTICO

FLÁVIO HENRIQUE PEQUENO DE MACEDO

Co-autores: MORGANA BARROSO OQUENDO e JOSÉ HENRIQUE LEAL CARDOSO
Tipo de Apresentação: Pôster

Resumo

Introdução:
O Diabetes Mellitus é uma doença endócrino-metabólica que atinge mais de 220 milhões de pessoas no mundo. As desordens metabólicas geradas por essa doença causam hiperglicemia crônica, que por sua vez causa diversas outras complicações, como problemas vasculares, nefropatia, retinopatia e neuropatia. A polineuropatia, tipo mais comum de neuropatia, atinge uma grande parcela dos diabéticos, e quando combinada com problemas vasculares pode causar amputação. Alem disso, a neuropatia, por si só, comumente causa dor, dormência, formigamentos, fraqueza, entre outros sintomas.

Material e Métodos:
O manuseio dos animais foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da UECE sob protocolo nº 06379067-0. Ratos Wistar machos com 28 dias de idade foram aleatoriamente divididos em dois grupos, a saber, o grupo controle (CTL) e diabético (DB). A diabetes foi induzida por uma injeção única intraperitoneal de estreptozotocina (STZ) (65 mg/Kg). Após 60 dias, os animais foram sacrificados por concusão cerebral e tiveram seus nervos ciáticos dissecados. O nervo foi estimulado com um pulso retangular de amplitude de tensão 40 mV, duração de 100 s e freqüência de 0,2 Hz, durante duas horas para estabilização da resposta do tecido.

Resultados e Discussão:
Do potencial de ação composto evocado foram analisadas a amplitude da componente motora e a velocidade de condução (VCN) da mesma. A componente motora apresentou amplitude de 9,762 ± 1,003 mV (CTL, n= 12) e 4,385 ± 1,443 mV (DB, n= 6) e velocidade de condução 107,6 ± 6,828 m/s (CTL, n= 11) e 74,35 ± 6,324 m/s (DB, n=6), ambos os dados com diferença estatisticamente significante (p<0,05).Os dados ilustram uma resposta inferior dos nervos ciáticos de animais diabéticos em relação aos animais controle.

Conclusão:
As alterações dos parâmetros eletrofisiológicos do componente motor do nervo periférico em ratos se assemelham à observada na neuropatia em humanos. Os dados sugerem que essas alterações neurais do diabetes tipo 1 promovidas pela indução por STZ em ratos na idade adulta podem ser consideradas um bom modelo de neuropatia diabética.