O Óxido nítrico (NO) é um composto envolvido em diversas funções fisiológicas como, por exemplo, a vasodilatação e a transmissão nervosa. Desde a comprovação de que o NO exerce o papel da molécula sinalizadora no relaxamento vascular, iniciou-se um grande número de pesquisas e de publicações investigando o papel deste gás nos diversos sistemas biológicos humanos. Este trabalho teve como objetivo quantificar indiretamente oxido nítrico, em tecido cardíaco e muscular (gastrocnêmio), por dosagem de nitrito utilizando a reação de Griess por modificação do protocolo de Ross et al. (2007). Na reação de Griess o nitrito reage com a sulfanilamida em meio ácido. O diazo composto formado reage com o cloridrato de N-(l-naftil)etilenodiamina (NED), gerando um composto de coloração róseo. A reação é controlada pelo tempo, e o produto é determinado entre 10 minutos e 2 horas após a mistura dos reagentes e a leitura realizada espectrofotometricamente (550nm). Para completar esta otimização, foi realizada a dosagem de proteínas pelo método de Bradford (595 nm). Correlacionou-se assim um protocolo clássico de quantificação de proteínas a uma metodologia para método de dosagem de NO em músculo esquelético e cardíaco. Foi testado, através de análise gráficas, a correlação entre os dois protocolos, buscando otimizar as metodologias de extração e quantificação. Ratos Wistar machos, pesando cerca de 200 g, foram anestesiados e posteriormente decapitados (CEUA/UECE Protocolo n. 05409173-0). Através das análises gráficas da dosagem de proteínas, do tecido muscular, foi possível observar que a curva do gráfico (absorbância a 595 nm) x peso (g) segue uma linearidade, seguindo a Lei de Lambert-Beer, até o peso aproximado de 0,4 gramas. Analisando a dosagem de óxido nítrico pela reação de Griess pode-se verificar que a curva do gráfico (absorbância a 540 nm) x peso (g) também é linear, pois quando se aumenta a concentração do músculo em gramas a absorbância também aumenta, segundo a relação de Lambert-Beer. Os dados relativos à comparação óxido nítrico x Bradford mostrou que, quando a proteína aumenta, em relação ao peso da amostra, aumenta também a dosagem de óxido nítrico. O Bradford, com cerca de 0,4 g de tecido já mostra inicio de saturação, entrentanto, não se vê ainda essa saturação, nesse valor, com o óxido nítrico. A correlação entre as duas variáveis mostrou-se positiva, R = 0,823. Utilizando dois diferentes tecidos, cardíaco e muscular, observou-se que a quantidade de óxido nítrico no tecido cardíaco mostrou-se cerca de 6 vezes maior do que o obtido em tecido muscular. Quanto à proteína, ocorreu uma inversão, apresentando cerca de 3 vezes mais no tecido muscular. Estes resultados ocorrem, provavelmente, devido ao processo dinâmico em que o tecido cardíaco encontra-se inserido, e a expressão das três isoformas das NOS sintetases. No caso da proteína, possivelmente ocorreram dificuldades inerentes à dureza da fibra cardíaca, o que dificultaria o processo de extração das proteínas