Professoras da UECE são contempladas com bolsas de produtividade do CNPq

16 de dezembro de 2020 - 09:23 # # #

Sete professoras da Universidade Estadual do Ceará (UECE) foram contempladas com a Bolsa de Produtividade em Pesquisa (PQ) do CNPq. Essa bolsa é um fomento destinado à pesquisadora diretamente e que tem como critério o mérito acadêmico e científico da pesquisadora na área. Na chamada 09/2020 lançada em junho de 2020, 9 docentes, dos quais 7 professoras e 2 professores, foram contemplados com novas bolsas ou tiveram suas bolsas renovadas.

De acordo com dados divulgados pela atual Coordenadora do Comitê de Assessoramento da área de Educação (CA-Ed) do CNPq, professora Elizabeth Macedo, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), foram submetidas “577 propostas, sendo 561 Pesquisador (PQ) e 16 Pesquisador Sênior (PQ-Sr). Das propostas PQ-SR, apenas 3 cumpriam os critérios de tempo no sistema para elegibilidade, tendo sido recomendadas pelo CA. Das propostas de bolsa PQ, 338 foram recomendadas no mérito em conformidade com os critérios de julgamento.”

A professora Isabel Sabino teve seu projeto intitulado Docência na Educação Superior: um estudo com professores(as) iniciantes em cenário de exclusão aprovado. Agora, a professora passa a ser bolsista de produtividade Nível 2. Segundo a pesquisadora, seu trabalho “objetiva compreender o processo de aprender a ensinar no decorrer dos primeiros anos da docência universitária em cenário de inclusão de estudantes com deficiência física, visual e auditiva. Assume como problema central o questionamento: como professores(as) iniciantes na Educação Superior constituem os conhecimentos profissionais que fundamentam sua profissionalidade em cenário de inclusão de pessoas com deficiência? Terá duração de 36 meses e envolverá professores em efetivo exercício na docência em seis universidades públicas: UFC, UNILAB, UFCA, UECE, URCA e UVA.” O Projeto aprovado se vincula ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/CED) e será desenvolvido no âmbito do grupo de pesquisa Educação, Cultura Escolar e Sociedade (EDUCAS).

A professora complementa afirmando que cada pesquisador possui um projeto de pesquisa distinto e que os liderados “por mulheres pesquisadoras e vinculados às ciências humanas e sociais é, por si só, alvissareiro em vista do cenário regressivo de financiamento para esse campo no atual momento histórico e em que a misoginia aflora.”

Outro projeto aprovado foi o da professora Lia Pinheiro Barbosa, na área de Sociologia, intitulado Mulheres camponesas e indígenas, desenvolvimento sustentável, agroecologia e a defesa dos territórios no Brasil, México e América Latina. A professora aponta que os dois grandes objetivos da pesquisa são: “Analisar a ação política das mulheres indígenas e camponesas, suas práticas agroecológicas e as concepções de feminismo que emergem de sua luta e;  Identificar as matrizes teórico-epistêmicas da agroecologia e suas interfaces com a bioeconomia e a defesa dos territórios rurais na América Latina.”

Um terceiro projeto também aprovado foi o da professora Claudiana Nogueira de Alencar intitulado Gramática de resistência e performances nômades em coletivos culturais do Programa Viva a Palavra: uma proposta de pesquisa participante em Pragmática Cultural em territórios de violência.

Segundo a docente, o objetivo do projeto é “identificar e analisar processos de resistência juvenil à violência no contexto do Programa Viva a Palavra, que articula ensino, pesquisa e extensão em comunidades periféricas de Fortaleza. A proposta busca articular saberes populares e acadêmicos relacionados à palavra escrita e performada no combate à violência no país. Atuando junto aos coletivos culturais e movimentos sociais periféricos por meio do Viva a Palavra, o projeto, que articula linguística aplicada, filosofia da linguagem e antropologia, pretende intervir e gerar conhecimento sobre as redes de resistência e prevenção da violência urbana em Fortaleza.”

Um quarto projeto, agora em caráter de renovação, visa pesquisar os estudos organizacionais da cidade. Desde 2008, a professora Ana Sílvia Rocha Ipiranga, docente da graduação e pós-graduação em Administração, tem seu projeto de pesquisa renovado pelo CNPq e, neste ano, os estudos da gestão de cidades tiveram uma atualização em sua abordagem acrescentando a interdisciplinaridade entre a administração e a história. “A grande questão de pesquisa deste projeto é: afinal, a história dos espaços urbanos contribui para a administração e gestão atual e futura da cidade? Assim, buscamos como contribuição estimular uma ampliação da compreensão do organizar e da gestão de práticas de espaços urbanos com base em uma perspectiva histórica.” comenta a professora.

Sobre a Chamada 09/2020 do CNPq

O edital foi lançado em junho de 2020 e tinha como objetivos: Valorizar pesquisadores que possuíam produção científica, tecnológica e de inovação de destaque em suas respectivas áreas do conhecimento; Incentivar o aumento da produção científica, tecnológica e de inovação de qualidade e; Selecionar projetos de pesquisa que fossem propostos considerando o rigor e o método científico, bem como outros conceitos fundamentais para a produção do conhecimento científico.

O resultado preliminar completo da chamada pode ser Verificado AQUI.

 

Perfil das pesquisadoras

Ana Sílvia Rocha Ipiranga

Professora Associada do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Doutora em Psicologia do Trabalho e da Organização pela Università Alma Mater Studiorum di Bologna (Itália). Cumpriu estágio pós-doutoral em Administração pela EBAPE-FVG. Desde de 2008 é Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq. Atua como Editora associada e Parecerista de diferentes Periódicos Nacionais e Internacionais. Assessora Ad Hoc do CNPq, da Scielo e da CAPES. Foi Membro efetivo de 2012 a 2017 do Comitê de Assessoramento em Ciências Sociais Aplicadas da FUNCAP. Coordenadora eleita da Divisão de Estudos Organizacionais da ANPAD para o período 2012-2014, tendo desempenhado o papel de Líder de Grupos de Interesses da ANPAD nos anos de 2011, 2012, 2019 e 2020. Mediadora de sessões temáticas e mesas redondas em diferentes conferências internacionais, como: DRUID, LAEMOS e SCOS. Foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Administração da UECE e atualmente lidera o Grupo de Pesquisa em Estudos Organizacionais (Laboratório TEDPEQ), através do qual coordena projetos financiados pelos editais competitivos das agencias de fomento. Desenvolve pesquisas que focalizam as Práticas e o Organizar, deslocando ênfases entre os posicionamentos ontoepistemológicos processuais e críticos, envolvendo as discussões: das práticas históricas, de tempo e memória, da estética e da economia criativa, das práticas científicas e de aprendizagem em diferentes organizações, inclusive nas cidades. Relata-se ainda o desenvolvimento de pesquisas referentes ao estudo de práticas subalternas, feminismo decolonial e de empreendedorismo emancipatório no contexto das organizações/ Administração.

 

Ana Paula Ribeiro Rodrigues

Possui graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual do Ceará (1995), mestrado em Ciências Veterinárias pela Universidade Estadual do Ceará (1997), doutorado em Programa de Pós Graduação Em Ciências Veterinárias pela Universidade Estadual do Ceará (2003) e Pós-doutorado pela McGill University, Montréal, QC, Canadá (2008). Atualmente é professor associado da Universidade Estadual do Ceará; é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, da Rede Nordeste de Biotecnologia – PPGB-RENORBIO, Ponto Focal UECE-Ceará; é coordenadora da Unidade de Pesquisa Transferência Biotecnológica e Inovação (UPTBI) e atua nos seguintes programas de pós-graduação: 1. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias – PPGCV e 2. Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Rede Nordeste de Biotecnologia – PPGB-RENORBIO. É Consultor ad-hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Consultor ad-hoc da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA); Consultor ad-hoc da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Consultor ad-hoc da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico; Editor Assistente da Revista Ciência Animal; Revisor de periódico das Revistas, Theriogenology Reproduction, PlosOne, Zygote, Animal Reproduction Science; Revisor de periódico da Pesquisa Agropecuária Brasileira, Revisor de periódico da Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal; Membro do corpo de avaliadores do Ministério da Educação e Coordenador da Plataforma de Pesquisa e Pós-Graduação do Ceará. Atualmente é Membro da Comissão Permanente de Pós-Graduação e Pesquisa (CPPGPq) da UECE. Atua também como coordenadora do Centro de Pesquisa Transferência Biotecnológica e Inovação da Universidade Estadual do Ceará.

 

Claudiana Nogueira de Alencar

Possui licenciatura em Letras pela Universidade Estadual do Ceará, mestrado e doutorado em Linguística pela Unicamp e pós-doutorado em Semântica/Pragmática também pela Unicamp. Atuou como pesquisadora visitante na Universidade de Birmingham -UK (2002-2003 e novamente em 2020) e atualmente como professora visitante na Universidade de Oxford (Edital Capes Professor visitante sênior). Coordena o Programa “Viva a Palavra: circuito de linguagem, paz e resistência da juventude negra da periferia de Fortaleza (MEC/PROEXT/ 2015). Atualmente é professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da UECE e professora e pesquisadora do Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino (MAIE) da UECE. Pesquisa jogos de linguagem e gramáticas culturais na arte e na cultura da juventude da periferia, cartografando as práticas dos saraus, da cenopoesia, das bibliotecas livres e dos coletivos de mulheres da literatura marginal-periférica.

 

Denise de Souza Elias

Bacharela e licenciada em Geografia e doutora em Geografia Humana (1996) pela Universidade de São Paulo (USP); Pós-doutora pela Universidade Estadual Paulista (UNESP / PP) e pela Université de Paris/LADYSS. Trabalha com pesquisa científica na área de Geografia Humana desde 1985, quando passou a pertencer ao grupo de pesquisa liderado pelo geógrafo Milton Santos (USP), no qual permaneceu por mais de dez anos. Nesse período, desenvolveu uma série de estudos e pesquisas associadas as novas tendências da urbanização brasileira, financiadas pelo CNPq, FAPESP, FINEP, entre outros. Desde 1997 é Professora e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação emGeografia da UECE. Em 1999 criou o Laboratório de Estudos Agrários (LEA / UECE), do qual foi coordenadora até agosto de 2015, e o grupo de pesquisa (certificado pelo CNPq) Globalização, Agricultura e Urbanização (GLOBAU), o qual lidera até o presente. É pesquisadora do Núcleo de Estudos da Cidade e da Urbanização/Depto de Arquitetura/UFC desde 2004; da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (RECIME) desde 2006; da Rede de Pesquisadores sobre Regiões Agrícolas (REAGRI) desde 2012 e também vice-líder desde 2015 e pesquisadora da Rede Observatório das Metrópoles, núcleo Fortaleza, desde 2017. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Econômica, Agrária, Urbana e Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: agronegócio globalizado; reestruturação produtiva da agropecuária; agronegócio e (re)estruturação urbano-regional; relações campo-cidade; corporações do agronegócio; cidades do agronegócio.

 

Isabel Maria Sabino de Farias

Professora Associada do Centro de Educação da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UECE (supervisora de pós-doutorado e orientadora de doutorado, mestrado, especialização, graduação e iniciação científica). Possui Estágio Pós-Doutoral em Educação pela Universidade de Brasília (UNB); Doutorado e mestrado em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC); Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela PUC/MG; Licenciada em Pedagogia pela UECE. Editora da Revista Educação & Formação do PPGE/UECE. Membro do conselho editorial da Revista Educação em Questão (UFRN) e da Formação Docente – Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores (ANPEd GT8/Editora Autêntica), além de outros periódicos qualificados. Líder do grupo de pesquisa Educação, Cultura Escolar e Sociedade (EDUCAS) e membro do grupo de estudo e pesquisa Formação de Professores e Práticas de Ensino (FOPPE/UFSC). Coordenadora do Observatório Desenvolvimento Profissional Docente e Inovação, que tem contado com financiamentos diversos (CAPES/OBEDUC, CNPq e FUNCAP). Representante da ANPEd no Fórum Estadual de Educação do Ceará (FEE-CE). Avaliadora externa do PIBIC/UNILAB e interna da UECE. Membro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE) e da Associação Nacional de Didática e Prática de Ensino (ANDIPE). Integra a Red de inducción a la docencia (RID), a Red Iberoamericana de Liderazgo y Prácticas Educativas (RILPE) e a Rede Inter-regional Norte, Nordeste e Centro-Oeste sobre Docência na Educação Básica e Superior (RIDES). Tem se dedicado a estudos e pesquisas sobre desenvolvimento profissional de professores, inovação e docência na Educação Básica e Educação Superior. 

 

Lia Pinheiro Barbosa

Doutora em Estudos Latino-Americanos pela Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), com estágiodoutoral no Centro de Estudios Superiores de México y Centroamérica (CESMECA). Mestre em Sociologia e Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora da UECE desde 2005, na Faculdade de Educação de Crateús (FAEC) e professora permanente no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS) e no Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino (MAIE). Líder do Grupo de Pesquisa Pensamento Social e Epistemologias do Conhecimento na América Latina e Caribe (CNPq). Pesquisadora do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO), no Grupo de Trabalho Economía Feminista Emancipatoria e no Grupo de Trabalho Anticapitalismos y Sociabilidades Emergentes.

 

Vera Lúcia Santiago Araújo

 

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal do Ceará (1982), mestrado em Mestrado em Letras Língua Inglesa pela Universidade Estadual do Ceará (1994) e doutorado em Letras pela Universidade de São Paulo (2000). Atualmente é professora associada da Universidade Estadual do Ceará e pesquisadora nível 2 do CNPq. Tem experiência na área de Linguística Aplicada, com ênfase em Tradução, atuando na tradução audiovisual acessível, mais precisamente na legendagem para surdos e ensurdecidos e audiodescrição.